
Porém, uma segunda constante muito forte, talvez muito mais forte que qualquer outra constante, é o magnânimo poder de compra, onde a ética é derrubada, toda a moral desmoralizada, e a opinião pública que "se dane" diante das “verdinhas”. Diante do poder de simplesmente administrá-las em grande escala, é isso que move e alimenta o moinho da censura.
É certo que são os jornalistas que escolhem o que no fim das contas é publicado ou não. Mas os pobres coitados não têm tanta culpa no cartório assim, já que atrás deles (sem duplo sentido) existem os editores chefes, diretores, donos, publicitários e políticos em sua respectiva ordem de hierarquia, movidos por motivos dessas forças maiores que regem o mundo da censura.
Essa supremacia de poder acaba por fim suprimindo e, por que não dizer, soterrando a opinião que o público tem a respeito do que é publicado, o que escreve Arnaldo Jabor em coluna para o Estadão nessa terça o que seria a visão do poder nisso tudo. Ou não. Veja abaixo a matéria:
Como também cita Noblat em seu livro "A Arte de fazer um Jornal Diário", nem sempre aquilo que é importante pra alguns e é taxado como sendo de "interesse público", interessa mesmo a maior parte dos brasileiros. Pelo menos não do jeito que é publicado hoje em dia, onde páginas e páginas de jornal são perdidas em devaneios sobre noticias com continuação (suites), mas sem humanização. Sem a realidade do leitor embutida nela e sem que ele emita uma única opinião sobre isso, elas são publicadas dia após dia, ano após ano, até que a boca revolucionária do público se cale para nunca mais.
Referências:
- O Estado de São Paulo - edição das 23h15 (21 de abril de 2009 - ANO 130. Nº42189)
- Noblat, Ricardo - "A Arte de Fazer um Jornal Diário"
Pauta por: Raisa Meneses
Texto por: Marília Vezzaro
Edição de Fotografia por: Marília Vezzaro
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