A Revolução Francesa em 1789, decorreu do descontentamento da população contra a monarquia francesa. Esse movimento histórico foi influenciado pela Independência da América do Norte e pelos ideais do Iluminismo que pregava, basicamente, os princípios universais de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" (Liberté, Egalité e Fraternité, autoria de Jean-Jacques Rousseau).
Em 26 de agosto de 1789 é aprovada em assembleia a "Declaração dos Direitos Humanos", de inspiração iluminista. A declaração permite o direito à liberdade, à igualdade perante a lei, à inviolabilidade da propriedade e ao direito de resistir à opressão.
Nesse contexto, a liberdade de imprensa surgiu do jornalismo participativo de revolucionários girondinos, formados por banqueiros e grandes comerciantes, e jacobinos, formados por classes mais pobres e dos intelectuais - nesse grupo se encaixam os jornalistas que eram iluministas fervorosos na época. A diferença entre esses dois grupos é que os girondinos eram conservadores e os jacobinos, considerados inovadores, mas ambos tinham o mesmo objetivo, derrubar a monarquia e instaurar o capitalismo industrial.
No Brasil, o jornalismo participativo começa com a vinda da corte portuguesa. Escrito por um cidadão comum, o primeiro panfleto "Folheto de Caille" foi o início da imprensa participativa. Era uma grande fonte de informação, já que eram publicado assuntos políticos complexos de uma forma mais simples para a população. Vale lembrar também que nesse período havia liberdade de imprensa, qualquer cidadão podia dar seu palpite.
O primeiro jornal politicamente independente foi o "Revérbero" com Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa como os principais jornalistas. As ideias principais publicadas eram sobre a independência do Brasil e o estabelecimento de uma Assembleia Constituinte e Legislativa. Teve duração de um pouco mais de um ano, logo após a independência houve a volta da censura e consequentemente o jornal foi fechado e seus autores exilados.
Outro jornal de importância foi o "Sentinelas" fundado em 1822 por Cipriano Barata, o primeiro com ideais Republicanos no Brasil. Com a volta da censura o autor foi perseguido e preso, passou por várias prisões e mesmo durante 8 anos em cárcere, publicava outros jornais de cunho idealista. Foi considerado um dos maiores jornalistas de sua época.
No fim da metade do século XIX, começam a surgir jornais abolicionistas e republicanos. Jornalistas influentes discutiam os ideias progressistas, combatiam a escravidão, se posicionavam contra o governo e defendiam um sistema republicano, faziam reflexões iluministas, entre outros aspectos idealistas que se propagavam na imprensa brasileira.
Texto por: Juliana de Abreu
Edição por: Marília Vezzaro
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