Síntese da censura nos primórdios da imprensa em língua portuguesa
Em 1455 foi impresso o primeiro livro graças a mecanização da tipografia por Johannes Gutenberg em Mainz na Alemanha. Este primeiro livro foi a bíblia.
Desencadeando assim uma série de impressões de livros de cunho religioso, pois a impressão foi bem vinda pela Igreja Católica que pode se aproveitar, por exemplo, em imprimir varias cópias de cartas de indulgência (qualquer católico podia pagar para se livrar de suas penitências).
Por consequente preocupação de cortar pela raiz as ideias discordantes impostas pelo regime católico, que tinha um conteúdo político ligado intimamente com a nobreza e a coroa, a Inquisição - tribunal católico utilizado para averiguar heresias, feitiçaria, bigamia, sodomia e apostasia - foi instituída em Portugal por volta de 1536.
Através de uma lista de livros proibidos que se opuseram a doutrina católica e por fim prevenir a corrupção do fiéis, foi instituída pela Igreja Católica o Index Prohibitorun. Foi estabelecida a censura literária.
Entre esses livros encontramos obras de cientistas e filósofos como: Galileu Galilei, Nicolau Copérnico, Thomas Hobbes, René Descartes, Rousseau etc. Famosos romancistas e poetas também como: Alexandre Dumas, Voltaire, Daniel Defoe, Honoré de Balzac, Jean-Paul Sartre, Emile Zola etc. Qualquer livro a ser publicado tinha que ter autorização do bispo representado pela Igreja.
O primeiro jornal em língua portuguesa a ter periodicidade foi "A Gazeta de Restauração" em Lisboa, Portugal. Tinha por objetivo dar notícia dos acontecimentos da guerra com a Espanha e da aclamação de D. João VI como Rei de Portugal e da consolidação da independência. Porém no ano de 1715, "Gazeta de Lisboa" foi o primeiro jornal oficial português que iniciou sua publicação.
Logo vemos que a censura foi imposta nos primórdios da imprensa, principalmente pelo domínio da Igreja Católica em terras lusitanas, que foram "transferidas" para as colonias que Portugal tinha o controle nesse período.
Não se safando o Brasil que mais de um século depois, com a mudança da corte portuguesa para a colonia, começa a engatinhar sua imprensa oficial.
Texto por: Jualiana de Abreu
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